quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pra onde você vai???

Esse é um dos males de se ter todos os dispositivos eletrônicos. Se der pane vão recolher o carro? Ou melhor, tem carro para substituir? Pelo que sei a insignificante frota reserva sempre está empenhada para cobrir os carros que são pedidos pela manutenção. Mas se dizem que a idade média da frota é nova, por que sempre tem que pedir carro pra manutenção? Depois quando a BHTRANS multa, acham ruim. E ela fiscaliza sim!
Foto: Induscar CAIO Apache VIP II Mercedes Benz OF-1722. Esse veículo é ano 2009.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Identificação para pessoas com baixa visão - Você conhece?

São aqueles quadradinhos coloridos situados no alto do parabrisa direito do veículo. No sistema atual eles representam os corredores básicos dos itinerários das linhas. Há uma ligeira semelhança com aquelas barras coloridas utilizadas nas décadas de 80 e 90 no antigo PROBUS. A descrição das cores atuais está na tabela abaixo:

Pessoalmente, não aprovo esse dispositivo e o classifico como restritivo e confuso. Se é para pessoas de baixa visão, deveria ser algo facilitado, o que não é o caso. Vejamos por que:

As linhas de três dígitos, alimentadoras, circulares SC e linhas sociais de Vilas não possuem esse dispositivo. A meu ver, um recurso que se destina a alguém que tenha alguma deficiência, deveria contemplar todo o sistema, e não somente parte das linhas.
O manual de padronização diz que para cada corredor definiu-se uma cor de referência específica. Observem então a cor azul por exemplo. Uma única cor corresponde a quatro corredores que inclusive levam a regionais diferentes. Como se orientar através de um código que corresponde a múltiplas informações?

Antigamente no PROBUS, essas cores estavam atreladas ao número da linha. Como os dígitos iam de 0 a 9, só comportavam dez cores. Hoje os dígitos iniciais das linhas correspondem as regionais. Então, vale a pena introduzir mais cores no código ou retornar a placa com o número da linha como no modelo anterior? visto que, se o letreiro eletrônico estiver apagado por algum motivo, o passageiro fica sem nenhuma informação do número da linha.

Por fim o comentário sobre a foto do post. Um Mascarelo Gran Via Volkswagen 17.230 EOD(milagre! Não é OF-1722!) que, apesar de ser novo, parece ainda estar no sistema antigo. Aliás, é coisa rara encontrar um carro com as cores corretas do sistema atual. No caso da linha 9208, a squência correta é: VERDE(Rua Niquelina para a Regional Leste - 9) e AZUL(Av. Raja Gabáglia para a Regional Oeste - 2).

sábado, 26 de setembro de 2009

Prefeitura quer TRO - Empresas querem TEO

Daqui a dois meses completa um ano de operação do novo contrato. Pouca coisa mudou depois da última licitação, e o transporte coletivo continua sendo uma pedra no sapato da administração pública.


A Prefeitura de Belo Horizonte pretende implantar o TRO (Transporte Rápido por Ônibus) nos moldes de cidades como Curitiba e Bogotá. O TRO é um sistema que visa maior eficiência e capacidade no transporte coletivo. Para isso são necessárias mais vias excluivas para ônibus, assim como a adoção de uma frota moderna, mais sofisticada e ônibus maiores.


Na contra mão, temos TEO (Transporte "Econômico" por Ônibus). Modelo preterido pelas concessionárias. Esse sistema baseia-se na operação exclusiva de veículos de média capacidade de concepção mecânica e acabamento o mais simples possíveis. Podemos dizer que como "bondes a diesel sobre rodas". O TEO é vantajoso para as concessionárias pelo fato de transportar um grande número de pessoas a baixo custo], garantindo assim uma maior parcela dos lucros. Por outro lado, a comunidade sofre com a superlotação, falta de conforto e ineficiência de um modelo que não consegue mais atender adequadamente a demanda de uma grande cidade.


O regulamento atual já obriga a operação com veículos de motorização traseira em linhas de alta demanda, como os serviçoes troncais e circulares da área central. Contuda as concessionárias vão "driblando" as novas regras remanejando veículos convencionais para essas linhas no intuito de entrar com pedido de susbstituição de frota.


No TEO, quando se queixa de superlotação, o paleativo sempre é "aumentar carros". Com isso, contribui também para aumentar congestionamentos no trânsito, colocando mais veículos em circulação. Porém se pegarmos um exemplo prático de uma linha com incidência frequente de superlotação. Considere um grupo de 10 veículos convencionais compreendidos entre 10,8 e 12,6 metros de comprimento. Substituíndo esses veículos por 10 ônibus padrons de 13,2 metros, já teríamos um aumento considerável na oferta de assentos e área útil dentro dos ônibus sem onerar o trânsito.


Foto: Busscar Ecoss Mercedes Benz OF-1722 - Linha 105 (circular da área central).

domingo, 22 de fevereiro de 2009

E A REDE DE DOMINGO?

Atendendo a pedidos estou retornando com o blog busológico nesse domingão de carnaval. Dessa vez vou expor aqui temas referentes ao nosso cotidiano de usuário de transporte coletivo. Para esse primeiro post após quase dois anos, escolhi a polêmica rede de domingo que está dando o que falar. Quando fazem a propaganda, mencionam "redução de tarifa" e omitem "redução de itinerários." Pois, para que existisse a redução de tarifas nos domingos e feriados, várias linhas deixaram de circular ou tiverem seu itinerário cortado pela metade. É como o ditado popular, "dá-se com uma mão e tira-se com a outra." Aí é que entra a insatisfação da população. E ainda tem o fato do desconto de tarifa beneficiar apenas quem usa o cartão, ao passo que 52% da população ainda paga a passagem em dinheiro. Ou seja, aqui a maioria absoluta sai prejudicada.
Para efeitos de reflexão, deixo parte do editorial publicado no jornal O Tempo de 21/02/2009:
"Transporte é serviço público essencial, direito de todos e dever do Estado.
Não pode ser pensado apenas como negócio a que se aplicam técnicas de marketing."


Na Foto temos uma linha fruto da rede de domingo. A 81 - Estação São Gabriel - Hospitais via Rua Jacuí. Essa linha substitui a 5506A que não circula mais nos domingos e feriados. Mesmo em São Gabriel, é necessário o uso do cartão para ter desconto no alimentador e seguir para o bairro.

A princípio, a Estação São Gabriel teria uma linha troncal com destino a área hospitalar. Mas não se sabe por que o troncal ficou restrito a fazer o retorno no túnel da Av. Cristiano Machado com uns atendimentos esporádicos ao centro. A 81 não circula de segunda a sábado.